"Não é só um grande goleiro, é um grande ser humano", diz atacante do Santos antes de nova decisão contra o Palmeiras
O duelo particular entre Gabigol e Jailson na derrota do Santos para o
Palmeiras por 1 a 0, no último sábado, no Pacaembu, foi um dos
principais embates da partida de ida da semifinal do Campeonato
Paulista.
Apesar de em campo cada um defender o seu time, ao fim do confronto o
goleiro palmeirense se dirigiu até o camisa 10 do Peixe e pediu sua
camisa. Gabigol elogiou a atitude de Jailson.
– Eu acho que a rivalidade é quando começa o jogo. Quando acaba, somos
amigos, somos parceiros de trabalho. Fiquei feliz pela atitude dele,
guardei a camisa dele com muito carinho. Conversamos um pouco. Não é só
um grande goleiro, é um grande ser humano – disse Gabigol, em entrevista
coletiva nesta segunda-feira, no CT Rei Pelé.
Sobre o duelo em campo, o atacante do Santos exaltou a postura do palmeirense, que defendeu uma bola à queima-roupa.
– Acho que hoje em dia tem vídeos, tem estudo. Como eu sei que o
Jailson tem um lado forte, ele também sabe o meu. Não é só demérito do
atacante, é mais mérito do goleiro. Ele fez uma grande defesa, ele saiu
bem aberto. Bastante mérito dele. Espero ajudar meus companheiros. Vamos
precisar bastante dessas finalizações de fora da área – comentou
Gabigol.
Assim como Vanderlei, Gabigol também admitiu que o Palmeiras é favorito no clássico.
– Pelos números, sim. Melhor campanha, melhor defesa, melhor ataque. É
inevitável. Eles têm favoritismo, sim. Mas com dois times tão grandes,
fica igual. Creio que será um grande jogo. Respeitamos a qualidade, mas
temos que impor a nossa – analisou o atacante.
– Será jogo complicado. Temos que fazer um gol e se precaver para não
tomar outro gol. Vai ser jogo tático, de inteligência, de saber o
momento de atacar, defender, ter ou não a bola, e aproveitar as
oportunidades da melhor forma possível. Teremos chances de fazer gol.
Esperamos aproveitar essas oportunidades – concluiu o camisa 10.
Veja outros trechos da entrevista de Gabigol:
Partida de ida
– O futebol não é justo. Eles foram lá, fizeram um gol e a gente não
fez. Mérito deles. É difícil falar em injustiça no futebol. Nosso time
foi bem, em algumas partes fomos superiores, como eles também foram.
Dá para reverter?
– Sim, é possível reverter. Jogamos por uma vitória simples ou um 2 a 0
para passar direto. A gente respeita isso, sabe da qualidade do time
deles, mas também temos qualidade. Creio que vai ser mais um grande
jogo.
Responsabilidade de ser o craque do time
– Acho que a minha responsabilidade é igual a de todo mundo. Temos um
grande elenco, jogadores que podem resolver jogo. É difícil especificar
para um jogador. Não pode ser assim. Quando a gente ganha, ganha todo
mundo, quando perde também.
Postura em campo
– Como eu sempre falei, não jogo para fazer só gols. Quero atazanar os
zagueiros deles. Não quero ser um atacante que não faça nada no jogo e
faça o gol. Quero ser um atacante completo. Se o gol for de algum
companheiro.
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