Técnico acerta nas substituições e é premiado com gols no fim sobre o Atlético-MG. Esta foi a quinta partida que o Cruz-Maltino venceu no ano após sair atrás no placar
O Vasco segue sendo o time da virada. O triunfo sobre o Atlético-MG, no
domingo, por 2 a 1, foi o quinto da equipe em 2018 após sair atrás no
placar. Um dos motivos é a reconhecida entrega do time de Zé Ricardo, como frisado por vários atletas em diversas oportunidades. Desta vez, porém, outro componente fez a diferença: as mexidas do treinador.
O Vasco iniciou bem o primeiro tempo, mas se perdeu após sofrer o gol
de Otero. Passou o resto da etapa inicial trocando passes sem imaginação
e permitindo contra-ataques ao Galo. Nomes como Wellington, Evander e
Rafael Galhardo flertaram com a impaciência da torcida.
As mexidas de Zé
Zé corrigiu os rumos no segundo tempo. Rildo, principalmente, fez a
diferença. Ele entrou no lugar de Rafael Galhardo, em mudança que
reorganizou o time: Yago Pikachu foi para a lateral, e Wagner assumiu a
ponta direita, com o atacante na esquerda.
Posteriormente, Thiago Galhardo e Rios substituíram Wellington e
Riascos. E o Vasco cresceu de vez. Porque ganhou mais articulação –
Wellington chega bem ao ataque, mas vivia noite ruim – e teve no
centroavante argentino uma referência melhor para a troca de passes.
Mais arrumado, o Vasco ensaiou a pressão no fim do jogo. Victor,
novamente, fez grandes defesas para o Atlético-MG, mas o volume
cruz-maltino foi tão grande que ficou difícil deter o time da casa.
Os gols foram simbólicos. O empate, com Wagner, veio após cruzamento e
um rebote na entrada da área – exemplo da pressão cruz-maltina. O da
virada surgiu num pênalti em que Rildo disparou pela esquerda e só foi
parado com falta.
As lições
O elenco do Vasco está longe de ser farto, mas Zé Ricardo consegue
trabalhar no limite para dar variedade. Sem Paulinho, Rildo parece ser o
substituto natural – a impressão é de que só não foi titular contra o
Galo por questões físicas.
No ataque, vale uma reavaliação. Ríos parece, no momento, uma opção
mais encaixada do que Riascos. O argentino participa mais da articulação
e faz melhor o papel de pivô, enquanto o colombiano, veloz e de boa
movimentação, poderia servir mais para contra-ataques. São estilos
diferentes, e caberá a Zé decidir quando utilizar cada um.
- A temporada ainda está em seu terço inicial. A gente faz as reflexões
dia a dia, estratégia a estratégia. Entendemos que essa era a equipe
ideal para hoje, e ainda bem que as substituições deram resultado –
disse o treinador.
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