Gringo afirma ainda que Colorado terá de fazer "guerra" para superar adversários mais bem estruturados na Série A
D'Alessandro adentra a sala de imprensa do CT do Parque Gigante, mal se
senta para responder às perguntas e já faz questão de se levantar para
exibir a camiseta com os dizeres "Nascido para torcer para o Inter". A
peça foi escolhida a dedo pelo gringo neste 4 de abril, como homenagem
ao aniversário de 109 anos do clube, data que lhe remete às glórias
vivenciadas pelo Colorado. Mas que também o faz admitir o momento
delicado vivenciado em 2018.
E não apenas pela eliminação recente para o maior rival nas quartas de
final do Gauchão. Como de costume, por seu temperamento forte, o capitão
traçou um panorama recheado de sinceridade sobre a atual fase
vivenciada pelo clube. Em meio a um processo de resconstrução após o
retorno á elite, o gringo pede que o time transforme cada jogo em uma
"guerra" para enfrentar o Brasileirão.
– O aniversário do clube é dia especial. É um dia onde o torcedor
começa a puxar lembrança feitos relevantes, como diz o nosso hino.
Começa a relembrar momentos não tão bons. Não é tudo bonito. Eu acho que
o momento de união, o momento de pensar no clube, pensar que o Inter é
muito grande. É um momento delicado, em que estamos nos restruturando,
tentando reerguer o clube. Acho que já conseguimos o mais difícil, que
foi voltar para a Série A. Agora, o importante é se manter no lugar que o
Inter merece – ressalta D'Ale.
Em sua fala, o gringo admite que o Inter encontrará rivais mais bem
estruturados ao longo da temporada, com o Palmeiras como exemplo mais
evidente de um elenco recheado de opções para suportar os compromissos
do ano. Na projeção da retomada da temporada, com o início do
Brasileirão e o duelo da Copa do Brasil contra o Vitória, ainda faz um
alerta: não esperar que a equipe seja o "mesmo Inter" de outras
temporadas vitoriosas.
– O grupo está aí. Se tiver que chegar alguém mais, vai chegar para
acrescentar. A diretoria que é encarregada de fazer essa análise do
nosso grupo com o treinador. A gente está bem focado para trabalhar.
Somos conscientes que a história do clube está em outro momento. O Inter
não vai ser o Inter dos últimos anos, que mandava no jogo. Temos um
começo de Brasileiro muito difícil. Mas vamos pegar times que vão jogar a
Libertadores. Temos que aproveitar isso. Citando time que vamos pegar
nas primeiras rodadas, o Palmeiras. Não vai jogar Lucas Lima, vai jogar
Guerra. Não é se apequenar, temos que trabalhar muito e fazer uma
guerra, sabendo que tem times com estrutura melhor, com mais peças de
troca e afrontar de igual para igual – ressalta.
– O Inter não vai ser o Inter dos últimos anos, que entrava e com 15,
20 minutos estava 1 a 0, que mandava no jogo. Temos que ter a capacidade
de entender que precisamos mais, que precisamos nos doar. Claro que
queremos jogar bem, sair jogando como foi prioridade desde o começo do
trabalho do Odair. A prioridade foi sair jogando, tentar bola no chão.
Mas quando não der, tem que ter plano B, que a gente tem. E assim a
gente procura buscar soluções para quando o momento seja difícil, quando
a gente não conseguir quebrar a marcação do time adversário, quando
acontecer de o time estar marcado. É concentração. É capricho.
Obviamente se doar ao máximo. O torcedor tem que entender que o momento é
outro. O grupo sabe disso. Vamos encarar cada jogo como se fosse uma
final, mas como se fosse uma guerra – completou
Em seu segundo teste neste período livre de compromissos, o Inter
encara o São José em jogo-treino na tarde desta quinta-feira. O Colorado
volta a campo em duelos oficiais na próxima quarta-feira, quando recebe
o Vitória, às 19h30, no Beira-Rio, pelo jogo de ida da quarta fase da
Copa do Brasil. A estreia no Brasileirão é no dia 15, contra o Bahia, no
Beira-Rio.
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